Para entendermos a história da Associação Okinawa
faz-se necessário compreendermos o que levou o povo japonês
a vir para o Brasil e também um pouco de sua história.
ANO | EVENTO | ||||||
1908 |
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1917 a 1919 |
Nos anos de 1917 a 1919, é que teriam ocorrido, conforme assentamentos históricos, a entrada no Brasil de contingente expressivo de imigrantes egressos daquela província, contratado diretamente com o Governo Japonês por cafeicultores do interior do Estado de São Paulo.A inexperiência nas lides agrárias brasileiras, totalmente adversas daquelas com que estavam acostumadas em sua terra de origem, agravada pelo brutal choque cultural, principalmente no que se referia à comunicação e alimentação, levaram-nos ao quase desespero, o que teria induzido a abandonar as fazendas onde trabalhavam e seguirem para a região da linha férrea Santos a Juquiá, no Estado de São Paulo, parte, concentrando em Santos e na localidade denominada Ana Dias e arredores naquele mesmo Estado. Outros vieram para Campo Grande, regiões em que já existiam concentrações de imigrantes Okinawa-Kenjin e, os pioneiros, entrando pela Bacia do Prata, rumaram pelo rio Paraguai até Porto Esperança, na região de Corumbá, Estado de Mato Grosso uno, hoje Estado de Mato Grosso do Sul, para integrar-se ao contingente da construção da estrada de ferro Noroeste do Brasil.Diante das dificuldades com que se deparava em terras totalmente estranhas e até inóspitas, mormente de costumes, gastronomia e línguas totalmente diferentes, objetivando a busca de auxílios e proteções mútuos, iniciaram em Santos, Ana Dias e Campo Grande, movimentos para criação e fundação de associações denominadas Kenjinkai, nas diversas regiões do País, seguindo o exemplo de Santos, que já em 1916, teria sido fundada associação para idêntica finalidade.Alguns assentamentos históricos da imigração japonesa em Campo Grande registram que a primeira entidade associativa de imigrantes Okinawa-kenjin, em nossa cidade, fora fundada, oficialmente, em 1922, embora, de acordo com alguns depoimentos, mesmo antes, daquele ano, em algumas colônias com concentrações Okinawa-Kenjin, no Município já existiam associações semelhantes. | ||||||
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1922 | A retrospectiva mostra que a história da Associação Okinawa retrata, de forma inquestionável, a própria historia da Imigração Japonesa e, ainda, a própria história de Campo Grande, em perfeita simbiose, a partir da chegada do navio Kasato Maru, em 18 de junho de 1908, vez que, do contingente de 781 imigrantes a bordo, 325 eram originários da província japonesa de Okinawa, dos quais perto de 20% deles passaram, a partir de 1914, a se radicar no município de Campo Grande, então Estado de Mato Grosso uno, atualmente Estado de Mato Grosso do Sul, após o término da construção da linha férrea Noroeste do Brasil, que participaram na sua construção, e, hoje, os imigrantes egressos da Província Japonesa de Okinawa e seus descendentes, representam cerca de 65% da Comunidade Nipo-descendentes em Campo Grande.
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1926 | Àquela época, ou seja, nos primórdios do século passado, cerca de 28 representantes das associações já existentes em várias regiões do País, com concentração de imigrantes Okinawa-kenjin, começaram a desenvolver tratativas com vistas a fundar uma entidade maior, que coordenasse e congregasse todas as associações Okinawa-kenjin fundadas no País, reuniram-se na Capital do Estado de São Paulo, em 22/08/1926, e criaram e fundaram oficialmente a KYUYO KYOKAI, com filiação de 40 associações existentes então em todo País, abrangendo cerca de 3.000 associados, dentre as quais, a associação criada em Campo Grande.A associação KYUYO KYOKAI, assim como todas as filiais vinham desenvolvendo seus trabalhos normalmente, até que, em dezembro de 1941, com a deflagração da 2ª Guerra Mundial, a KYUYO KYOKAI e todas as demais associações congêneres existentes no País, inclusive a de Campo Grande, por determinação do Governo Brasileiro, foram compelidas a paralisar as suas atividades. | ||||||
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1939 a 1945 |
Durante o período da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), os japoneses enfrentaram muitos problemas em território brasileiro. O Brasil entrou no conflito ao lado dos aliados, declarando guerra aos países do Eixo (Alemanha, Itália e Japão). Durante os anos da guerra a imigração de japoneses para o Brasil foi proibida e vários atos do governo brasileiro prejudicaram os japoneses e seus descendentes. O presidente Getúlio Vargas proibiu o uso da língua japonesa e as manifestações culturais nipônicas foram consideradas atitudes criminosas.Com o término da Segunda Guerra Mundial, as leis contrárias à imigração japonesas foram canceladas e o fluxo de imigrantes para o Brasil voltou a crescer. Neste período, além das lavouras, muitos japoneses buscavam as grandes cidades para trabalharem na indústria, no comércio e no setor de serviços.Apesar de cessada a proibição de funcionamento das organizações associativas estrangeiras, todas as entidades de imigrantes Okinawa-kenjin, talvez temerosos de represálias, permaneceram inertes, ainda, por alguns anos.A derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial deixou graves sequelas aos imigrantes japoneses radicados no Brasil, dividindo a comunidade nipônica em dois grupos, mormente pelas dificuldades e demora das comunicações de então, de um lado, formou-se o grupo daqueles que não acreditava e não aceitava a ideia da derrota do Japão e, de outro lado, o grupo que se conformou com a realidade.Em razão de conflitos ideológicos, principalmente decorrentes da guerra, surgiram várias lideranças na Comunidade, tanto de uma parte, como da outra, deteriorando sobremaneira a convivência interna, tornando o ambiente quase que insuportável entre os próprios Okinawa-kenjin na nossa cidade, fato que, também, teria ocorrido em diversas regiões do País. | ||||||
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1947 | Em 1947, o Sr. Tamashiro Sensuke, tomando conhecimento do estado de penúria extrema que vinham experimentando o povo de Okinawa, no Japão, sequelas consectárias da 2ª Guerra Mundial, reuniu-se com alguns amigos e patrícios radicados no Brasil e resolveram fundar uma nova entidade que se denominou OKINAWA KYUYEM RENMEI – OKINAWA BUNKA KYUYEN KYOKAI -, a primeira organização pós-guerra, com vistas a angariar fundos, mantimentos e remédios para assistência ao povo daquela Província Japonesa, suas origens, conseguindo fazer a primeira remessa de auxílio em setembro daquele mesmo ano. | ||||||
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1953 | A OKINAWA KYUYEM RENMEI – OKINAWA BUNKA KYUYEN KYOKAI foi dissolvida pelos seus fundadores em 1953, criando, simultaneamente, a ZENHAKU OKINAWA KAIGAI KYOKAI, inclusive em Campo Grande, cuja denominação os seus fundadores entendiam que era a mais adequada, em função de a Província de Okinawa haver sido passada, após a guerra, ao domínio dos Estados Unidos da América do Norte. | ||||||
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1962 | Assim, em 1962, a diretoria da Associação Okinawa, que até então funcionava na sede do NIPPONJINKAI, liderada pelo Comendador Oshiro Takemori, adquiriu terreno em outra localidade, inclusive parte por doação do próprio Comendador, onde promoveu a edificação de sua Sede própria na rua dos Barbosas nº 110, nesta Capital. | ||||||
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1966 | Em 17/09/1966, foi inaugurada a Sede própria passando a Associação a funcionar, a partir de então, em sua nova Sede. | ||||||
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1976 | A diretoria da Associação Okinawa de Campo Grande, de então, reconhecendo a liderança do Comendador Oshiro Takemori, seu auxílio e determinação para concretizar a obra, assim como outros grandes feitos em defesa dos interesses da Comunidade, após a sua morte e por ocasião do transcurso do 10º aniversário da nova Sede, resolveu mandar confeccionar um busto, em bronze, em sua homenagem, que se encontra erigido nas dependências da Associação. |
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1977 | Em 1977, com a reintegração da Província de Okinawa ao território Japonês, os associados da ZENHAKU OKINAWA KAIGAI KYOKAI resolveram adequar a denominação para ZAI HAKU OKINAWA KYOKAI. | ||||||
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1998 | Em 1998, em assembléia geral, transformaram a ZAI HAKU OKINAWA KYOKAI em BRASIL OKINAWA KENJIN KAI, com personalidade jurídica de ASSOCIAÇÃO OKINAWA KENJIN DO BRASIL, que perdura até hoje. | ||||||
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2008 |
COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA DE OKINAWA EM CAMPO GRANDE-MS. Dia 26/08/2008 – 09h às 23h Dia 26.08.2008 – 18 h. às 23:00 h. Dia 27.08.2008 – 19:00 h. às 24:30 h. Comitiva de Nago-shi – Okinawa-ken – Japão A Delegação da Cidade de Nago-Okinawa, chefiada pelo Prefeito Shimabukuro Yoshikazu e integrada por Yoshiyuki; Nakazato Koichiro; Shimabukuro Kenyu; Shimabukuro Shigeteru; Shimabukuro Nobuko; Higa Hidenori; Higa Chieko; Higa Ken; Higa Yu; Arakaki Ryoko; Higa Yoko; Nagamine Kazu; Kishimoto Takako; Miyagi Satoko; Maeda Hirotsugu; Maeda Ayako; Miyagi Sachio; Miyagi Mitsuko; Oshiro Kazutoshi; Oshiro Hatsumi; Oshiro Ichiko e Nakamura Yasushi, esteve em Campo Grande nos dias 25 e 26.08.2008, participando dos eventos comemorativos do Centenário de Imigração Japonesa de Okinawa em Campo Grande. A delegação foi recebida pelo Coordenador dos imigrantes e descendentes daquele Município, Sr. Kazunao Miyazato, acompanhado do Presidente da Associação Okinawa Jorge Joji Tamashiro e diversos membros da diretoria e da Comunidade Nago-shi residentes em nossa Capital. A delegação foi recebida em almoço na Fazenda Rincão, de propriedade de Dina Take Ferrel, filha do saudoso Sr. Tatsuo Oshiro, em suculento churrasco à tradicional moda campesina. A recepção foi organizada pelo Consultor Márcio Oshiro, ladeados pelos seus tios Ari, Luiza, Luiz Akira Oshiro e familiares, por sugestão e participação ativa do empresário Akira Oshiro de Nago-shi e primo dos anfitriões. CENTENÁRIO DA IMIGRAÇÃO JAPONESA EM CAMPO GRANDE-MS. DEPUTADO AKIRA OTSUBO AGRACIA A COMUNIDADE COM OUTORGA DE DIPLOMAS E MEDALHAS. O parlamentar promove evento cultural no saguão da Assembléia Legislativa, na manhã deste dia 15 de dezembro e, dia 16, no Plenário, à noite, a outorga do diploma Kasato Maru e da medalha de honra do Mérito Legislativo para 16 homenageados. Fotomontagem: Gutemberg Honorato de Moura Deputado Akira Otsubo O deputado Akira Otsubo (líder do PMDB), foi atendido em suas proposições para promover dois grandes eventos na Assembléia Legislativa, sinalizando o encerramento das festividades alusivas ao Centenário da Imigração Japonesa no Brasil. Para o dia 15 de dezembro (segunda-feira) às 09h, no saguão da Casa, o presidente, Jerson Domingos e o proponente, Akira Otsubo, convidam para o Evento Cultural com lançamento do livro da doutora Edna Kohatsu e apresentação de talentos, cultura, história, tradições e exposição de obras de artistas plásticos da comunidade Nikkei. SESSÃO SOLENE A fim de homenagear personagens nipo-brasileiros que se destacam no cenário sul-mato-grossense, ao mesmo tempo assinalando o encerramento dos festejos do Centenário, a Casa, com assinatura do presidente Jerson Domingos, outorga diplomas propostos pelo deputado Akira Otsubo. Neste dia 16 de dezembro (terça) às 19h30, no Plenário, recebem o Diploma Kasato Maru e a Medalha de Honra do Mérito Legislativo do Centenário da Imigração Japonesa: . Dr. André Puccinelli (governador do Estado de Mato Grosso do Sul); Assessor de Imprensa |
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